quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ginástica Rítmica: presença masculina é rara

Por trás da graciosidade dos movimentos, da beleza exaltada pela maquiagem e pela roupa, a Ginástica Rítmica (GR) passa longe de ser um esporte “bonitinho”. As atletas, a maioria muito novas, passam por treinamentos intensos e rígidos, muitas chegam até a se ferir na exaustiva repetição dos movimentos, que devem que ser perfeitos.

Praticado exclusivamente por mulheres, é preciso ser muito “homem” para seguir na carreira. Por falar nisso, alguns homens também praticam, mas não são reconhecidos oficialmente pela Federação Internacional de Ginástica (FIG). Na verdade, a exclusão masculina nesse esporte é uma contradição na história da GR já que foram os homens os criadores da modalidade. Entre eles, o francês François Delsarte.

Acompanhei dois dias do Torneio Nacional de Ginástica Rítmica que aconteceu este mês no Ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza. Para saber mais detalhes do evento clique aqui e confira minha reportagem na página do Globo Esporte. Na ocasião conheci Machado, técnico de uma das equipes representantes do Paraná. Ele me revelou que já sofreu preconceito por ser homem e treinar uma equipe feminina. Veja a conversa no vídeo abaixo:




Segundo Ester Vieira, presidente da Federação Cearense de Ginástica Rítmica, essa realidade está mudando. Durante os anos 1970 a modalidade masculina começou a se desenvolver no Japão. Mas somente em 2003 aconteceu o primeiro campeonato internacional com a participação de 5 países. Infelizmente, essa competição não foi reconhecida oficialmente pela FIG. “O que todos esperam é que na verdade todas tanto a modalidade masculina quanto a feminina cresça e receba mais apoio no Brasil. Nossos talentos não são reconhecidos”, critica Ester.


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